20/12/2007

Tu

Há dias em que não devia sequer em pensar acordar... Dias esses que custam a passar e que me mostram como não devia nunca estar. Não gosto de estar triste. Não gosto de me sentir assim, mas o certo é que me sinto assim. Há algum tempo, mas hoje as lágrimas quase que caiem ao ouvir sons conhecidos de músicas que me embalam neste deambular constante pela cidade.

Não percebo se nasci azarada, se nunca tive sorte, se sempre tive sorte, se aquilo que quero é aquilo que não devo ter... Não sei para que é que aqui ando. Não sei mesmo.

Não percebo por que não me sorris, não percebo por que não me olhas, não percebo por que não me falas.

Não percebo por que te sorrio, não percebo por que te olho, não percebo por que te falo.

Não me queres. Eu quero-te.

Por que não me vês? Estou aqui. Estou ali sempre que quiseres. Estou aqui por ti. Para ti.

Não existes. És um produto do meu ser. És uma vida que queria que fosse vivida. és uma imagem criada para mim, de mim. És e serás sempre tu. Não sei quem és, não te vejo, não te reconheço nas caras desconhecidas que vejo. Não sei quem poderás ser. Não te reconheço.

Mas sei que existes. Em algum lado. Sei que te falo por que te sinto. Sei que te sorrio por que te vejo. Sei que te sorrio por que me sinto bem quando o faço.

Estou triste. Quero-te. Não sei quem és. Não existes.

1 comment:

  1. Anonymous18:42

    Hum...

    Dói, dói

    Dói saber que colocamos nossas esperanças num castelo de cartas que pode ser derrubado pelo vento...

    Dói

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