Hoje é um desses dias.
Um esconderijo. A mesma alma. A mesma escrita. Outro local onde a ficção e a realidade se hão-de sempre misturar!
14/06/2012
28/04/2012
E eu que nem sou de poemas...
Do not stand at my grave and weep;
I am not there. I do not sleep.
I am a thousand winds that blow.
I am the diamond glints on snow.
I am the sunlight on ripened grain.
I am the gentle autumn rain.
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight.
I am the soft stars that shine at night.
Do not stand at my grave and cry;
I am not there. I did not die.
Mary Elizabeth Frye
Se eu quisesse uma campa quereria este poema lá. Como quero que as minhas cinza voem por aí e por acolá, ficam aqui as palavras com que não me importo de ser queimada.
I am not there. I do not sleep.
I am a thousand winds that blow.
I am the diamond glints on snow.
I am the sunlight on ripened grain.
I am the gentle autumn rain.
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight.
I am the soft stars that shine at night.
Do not stand at my grave and cry;
I am not there. I did not die.
Mary Elizabeth Frye
Se eu quisesse uma campa quereria este poema lá. Como quero que as minhas cinza voem por aí e por acolá, ficam aqui as palavras com que não me importo de ser queimada.
24/01/2012
química
Há uns dias disseram-me que nos tinham acompanhado durante algum tempo. Que tinham acompanhado o nosso início e que era claro que tínhamos química... Parecia mesmo que era suposto estarmos juntos. Mas nós deixámos de falar, afastámo-nos porque assim teve de ser.
Gostava de não ter tido esta pequena conversa, gostava de não ter sabido da química que existia entre nós. Gostava porque assim recordo tudo aquilo que não foi dito para terminar aquilo que nem sequer chegou a começar a existir. Recordo todas as lágrimas que não te mostrei e todo o meu ar zangado e triste que me acompanhou, como se de um castigo se tratasse. Recordo que não me disseste, não me avisaste, não me deixaste ver o que querias fazer. Aconteceu.
Hoje com uma pequena conversa tudo aquilo que não te disse, que não me disseste voltou a aparecer na minha mente. Tudo aquilo que eu sempre achei que tu me tinhas de dizer e não o fizeste, tudo, mesmo tudo.
Gostava mesmo que tivesses viste o meu ar de desapontada. Que me tivesses acompanhado nas noites e dias sem dormir e nas lágrimas que verti.
Gostava. Mas sei que assim não te podia ter escondido naquele local onde estás. Sei que ali não mexo e não me incomodas. Estás ali, sempre presente como um ressentimento que tenho, como algo que nunca consegui atingir, mas sei que agora, hoje, já não gosto de ti. Sei que a química está lá, mas sei, não te quero.
02/10/2011
Mulheres com mais de 30 anos
Há coisas que já tinha notado a diferença, mas outras também acontecem. Aqui, bem explicadas!
"Para
todas as mulheres com mais de 30 anos... e para aquelas que têm medo de
entrar nos 30... e para os homens que têm medo das mulheres com mais de
30!
À medida que vou envelhecendo, valorizo cada vez mais as mulheres com mais de 30 anos, porque:
-
Uma mulher com mais de 30 nunca te acordará a meio da noite para
perguntar "Em que é que estás a pensar?". Ela não se importa com o que
tu pensas.
-
Se uma mulher com mais de 30 não quer ver o jogo de futebol, não se
senta a teu lado a lamentar-se. Ela faz alguma coisa que queira fazer e,
por vezes, é algo mais interessante.
- Uma mulher com mais de 30 conhece-se suficientemente bem a si própria para estar certa de quem é, o que quer e de quem o quer.
- Poucas mulheres com mais de 30 anos ligam alguma ao que tu possas estar a pensar sobre ela ou sobre o que ela está a fazer.
-
As mulheres acima dos 30 têm dignidade. Raramente terão uma discussão
aos gritos contigo na ópera ou no meio de um restaurante chique. No
entanto, se tu mereceres, não hesitarão em dar-te um tiro.
- As mulheres mais velhas são generosas nos elogios, muitas vezes não merecidos. Elsa sabem o que é não ser apreciado.
-
Uma mulher acima dos 30 tem segurança suficiente para te apresentar às
amigas. Uma mulher mais nova acompanhada de um homem ignora
frequentemente até a melhor amiga porque não confia no homem perto de
outra mulher. Uma mulher com mais de 30 não se podia estar mais nas
tintas se tu te vais sentir atraído pelas amigas dela, não porque confie
em ti, mas porque sabe que elas não a trairão.
-
As mulheres tornam-se psíquicas à medida que envelhecem. Nunca terás de
confessar os teus pecados a uma mulher com mais de 30. Elas sabem
sempre.
- Uma mulher com mais de 30 fica bem a usar um batom vermelho brilhante. O mesmo não se aplica às mulheres mais novas.
-
Depois de ultrapassares uma ou outra ruga, vais ver que uma mulher com
mais de 30 anos é de longe mais sexy do que qualquer outra colega mais
nova.
-
As mulheres mais velhas são correctas e honestas. Dizem-te
imediatamente que és um idiota se te estiveres a comportar como tal.
-
Sim, nós elogiamos a mulher com mais de 30 por várias razões.
Infelizmente, não é recíproco. Por cada bela, inteligente, segura e
sexy, mulher com mais de 30 anos, existe um careca, barrigudo, em calças
amarelas a fazer figura de parvo com uma empregada de mesa de 22 anos!"
Escrito por Andy Rooney, apresentador do programa da CBS "60 Minutes", mas roubado daqui.
14/09/2011
Hoje
Ontem pensei num post completo. Sabia como começá-lo e sabia exactamente o que queria escrever. Sabia que palavras usar porque o repeti em voz baixa para mim. Sabia claramente que tempos verbais usar, mesmo cometendo os mesmos erros que costumo cometer quando as palavras me saem do coração e ficam atabalhoadas pela falta de ar com a urgência de as dizer
Sabia... Ontem sabia o motivo pelo qual eu escrevia.
Sabia... Ontem... Hoje já nem sei. Hoje já não consigo reproduzir o que ontem teve de sair do meu peito enquanto as lágrimas rolavam pela minha cara.
Hoje já não sei o motivo específico daquelas lágrimas.
Hoje sei que se quisesse conseguia pensar naquele ou no outro tema que me traria lágrimas novamente à almofada.
Hoje sei que conseguia chorar, se quisesse.
Mas ontem... Ontem sabia exactamente a razão.
Sabia... Ontem sabia o motivo pelo qual eu escrevia.
Sabia... Ontem... Hoje já nem sei. Hoje já não consigo reproduzir o que ontem teve de sair do meu peito enquanto as lágrimas rolavam pela minha cara.
Hoje já não sei o motivo específico daquelas lágrimas.
Hoje sei que se quisesse conseguia pensar naquele ou no outro tema que me traria lágrimas novamente à almofada.
Hoje sei que conseguia chorar, se quisesse.
Mas ontem... Ontem sabia exactamente a razão.
23/04/2011
Amor, Amore, Love, Amour, Liebe
"O Amor em Portugal é um sopro ou um segredo, mas nunca é um grito. Os portugueses escondem a palavra "Amor" debaixo da língua ou atrás dos dentes como se tivessem vergonha de a soltar e, não vá ela morder alguém, quando a deixam vir cá fora espreitar amordaçam-na com o acento circunflexo (ô) que está lá mesmo sem estar.
Já os ingleses dizem "Love" como quem vai beber uma Pint a um pub, o que torna a palavra um tanto ou quanto banal. Aplicam o "Love" tanto a uma pessoa como a um objecto qualquer. Se uma inglesa me disser "I Love you" alguma vez na vida, ficarei sempre na dúvida se ela me ama ou se me quer comprar. A palavra "Love" não se esconde como a palavra "Amor", mas circula de boca em boca como um bêbado solitário o faz nas ruas de Londres: sem dar cavaco a ninguém.
É por isso que gosto da Itália, onde "Amore" é tão grande que é difícil escondê-la onde quer que seja, quanto mais num canto da boca ou atrás dos dentes. O "Amore" é aberto e confirma-se sempre com o "Io te voglio tanto bene" para que não restem dúvidas e para que a coisa venha com garra.
A garra, precisamente, é o que falta aos franceses. O "Amour" nunca vem só, é servido numa taça com champanhe, flores e caviar como se só pudéssemos ter o seu usufruto se lavássemos primeiro as mãos e nos vestíssemos apropriadamente. Exactamente o contrário dos alemães, cujo "Liebe" parece ter tesão para pouco mais de cinco minutos.
A forma como se diz "Amor" quer dizer tudo sobre um povo, e se é verdade que nós não somos capazes de gritar como os italianos, não nos queremos vulgarizar como os ingleses, não somos de floreados como os franceses nem martelamos como os alemães, também é verdade que segredamos como ninguém.
O nosso "Amor" é assim, um segredo que vagueia entre a louca nudez de um dia de Verão e a tristeza momentânea de um dia de chuva. Somos assim. Eu sou assim. De facto tenho orgulho nisso, num Amor que é tão saboroso quanto melancólico e que só se dá quando os lábios se aproximam do ouvido e dizem: "Eu Amo-te!"."
Já os ingleses dizem "Love" como quem vai beber uma Pint a um pub, o que torna a palavra um tanto ou quanto banal. Aplicam o "Love" tanto a uma pessoa como a um objecto qualquer. Se uma inglesa me disser "I Love you" alguma vez na vida, ficarei sempre na dúvida se ela me ama ou se me quer comprar. A palavra "Love" não se esconde como a palavra "Amor", mas circula de boca em boca como um bêbado solitário o faz nas ruas de Londres: sem dar cavaco a ninguém.
É por isso que gosto da Itália, onde "Amore" é tão grande que é difícil escondê-la onde quer que seja, quanto mais num canto da boca ou atrás dos dentes. O "Amore" é aberto e confirma-se sempre com o "Io te voglio tanto bene" para que não restem dúvidas e para que a coisa venha com garra.
A garra, precisamente, é o que falta aos franceses. O "Amour" nunca vem só, é servido numa taça com champanhe, flores e caviar como se só pudéssemos ter o seu usufruto se lavássemos primeiro as mãos e nos vestíssemos apropriadamente. Exactamente o contrário dos alemães, cujo "Liebe" parece ter tesão para pouco mais de cinco minutos.
A forma como se diz "Amor" quer dizer tudo sobre um povo, e se é verdade que nós não somos capazes de gritar como os italianos, não nos queremos vulgarizar como os ingleses, não somos de floreados como os franceses nem martelamos como os alemães, também é verdade que segredamos como ninguém.
O nosso "Amor" é assim, um segredo que vagueia entre a louca nudez de um dia de Verão e a tristeza momentânea de um dia de chuva. Somos assim. Eu sou assim. De facto tenho orgulho nisso, num Amor que é tão saboroso quanto melancólico e que só se dá quando os lábios se aproximam do ouvido e dizem: "Eu Amo-te!"."
do bagaço amarelo no não compreendo as mulheres
18/03/2011
"It’s a big bad world full or twist and turns and people have a way of blinking and missing the moment. "
Dear Karen,
If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it so good for me. You don’t know me very well, but if you get me started I tend to go on and on about how hard the writing is for me. This is the hardest thing I ever had to write. There no easy way to say this so I’ll just say it, I met someone. It was an accident, I wasn’t looking for it, I wasn’t one the make it was a perfect storm. She said one thing and I said another and the next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now there this feeling in my gut that she might be the one. She completely nuts in a way that makes me smile highly neurotic, a great deal of maintenance acquired. She is you Karen, that’s the good news. The bad news is that I don't know how to be with you right now, and that scares the shit out of me. Because if I am not with you right now I have this feeling we will get lost out there. It’s a big bad world full or twist and turns and people have a way of blinking and missing the moment. The moment that could of changed everything. I don’t know what’s going on with us and I can’t tell you should waste a leap of faith on the likes of me. But damn you smell good, like home and you make excellent coffee that has to count for something. Call me!
Unfaithfully yours,
Hank Moody
17/03/2011
From the web
A certeza do toque
Ele descobriu hoje que está sozinho. Mais concretamente pela manhã, quando ela saiu, bateu a porta de casa com mais força do que o habitual e depois manteve o telemóvel desligado pelo menos até à hora do almoço. A essa hora, esta hora, ele desistiu de lhe ligar e fez uma descoberta mais grave: já está sozinho há vários anos. Talvez por isso procure agora na água que cai do chuveiro uma carícia na pele, aquela que ela não lhe fez. E pelo ralo se escoa a promessa dum Amor para o tempo que ainda há-de vir.
E talvez seja essa carícia da água a dizer-lhe que o maior é erro é falar de Amor como se fala do tempo, esse tempo que não se sabe de onde vem nem para onde vai. Talvez o Amor não deva nunca ser uma promessa e só dessa forma possa ser uma certeza. A certeza do toque.
A certeza do toque é certeza da mão dada, do beijo, da penetração ou do abraço. É a certeza do sono a dois e do chocolate que se divide em trincas ainda mais doces. É a certeza do ar que se partilha e se respira devagar. Sem toque não há certeza, mesmo que o tempo esteja lá e perdure.
bagaço amarelo, Não compreendo as mulheres
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