Há sempre aquele dia. Chegas e paras. Tens de parar. Há algo mais forte que a tua vontade que te diz: para. Olha à tua volta. Inspira. Expira. Olha à tua volta. Observa. Não te esqueças: inspira, expira.
Tu acedes. Vais. Olhas à volta. Nunca te esqueces de inspirar e expirar.
Naquele momento tudo para. Só as ondas continuam a bater na areia. Só as ondas quebram o silêncio que te impuseste. Só as ondas te mostram que o mundo não é feito de silêncio.
Mudas o olhar para o lado do sol. Sentes o seu calor a abraçar a tua pele. A dizer-te que quando mais ninguém te abraçar ele estará aqui, apenas para te abraçar e te aquecer.
Descobres que não estás sozinha. Descobres que afinal não estás seca. Descobres que afinal consegues sentir. Consegues sentir o que tu quiseres. Basta estares disponível. Basta o teu coração estar aberto. Basta perceberes que não é difícil. Basta respirares.
Para.
Olha à tua volta.
Sente-te aconchegada com som das ondas, abraçada pelo calor do sol.
O vento aproxima-te do que queres. O vento leva-te calmamente até o que queres alcançar.
Segue. Calmamente. Segue. Sê feliz.
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