Há coisas que quero sempre adiar... Para além da óbvia realidade em que vivo e que quero às custas esquecer, há uma situação que adio até não conseguir mais.
Desfazer a mala depois de chegar é para mim um penoso exercício arrumação.
Não é penoso pelo abrir de gavetas e dispor nelas a roupa que foi em excesso.
Não é penoso pelo ter de ir voltar a pôr a mala naquele sítio escondido, pronta para qualquer outra altura.
Não é penoso pelas roupas que precisam de ser lavadas.
É penoso porque aquela viagem ficou para trás. Quer tenha sido curta ou longa. Quer tenha sido inteiramente do meu agrado. Quer mesmo antes de chegar já sinta a falta dos rostos, dos sorrisos, dos sotaques...
Quero adiar ao máximo esse momento. Desfazer a mala é deixar para trás aquela viagem, aquele momento em que fui feliz, em que fui quase feliz ou que pura e simplesmente não valeu a pena.
Desfazer a mala é deixar para sempre aquele momento. É andar para a frente. É continuar a andar.
Mas chega um momento em que preciso de andar para a frente. Em que preciso de continuar com a minha óbvia realidade. Penso na viagem como um sonho, como um sonho bom e desfaço a mala. Lembro-me dos rostos, dos sorrisos, dos comentários, dos novos e dos já conhecidos. Lembro-me e enquanto desfaço a mala hoje, lembro-me.
Lembro-me que soube a pouco. Lembro-me que queria mais. Lembro-me que o sorriso voltou e vai ficar.
Lembro-me e quero mais.
Desfazer a mala depois de chegar é para mim um penoso exercício arrumação.
Não é penoso pelo abrir de gavetas e dispor nelas a roupa que foi em excesso.
Não é penoso pelo ter de ir voltar a pôr a mala naquele sítio escondido, pronta para qualquer outra altura.
Não é penoso pelas roupas que precisam de ser lavadas.
É penoso porque aquela viagem ficou para trás. Quer tenha sido curta ou longa. Quer tenha sido inteiramente do meu agrado. Quer mesmo antes de chegar já sinta a falta dos rostos, dos sorrisos, dos sotaques...
Quero adiar ao máximo esse momento. Desfazer a mala é deixar para trás aquela viagem, aquele momento em que fui feliz, em que fui quase feliz ou que pura e simplesmente não valeu a pena.
Desfazer a mala é deixar para sempre aquele momento. É andar para a frente. É continuar a andar.
Mas chega um momento em que preciso de andar para a frente. Em que preciso de continuar com a minha óbvia realidade. Penso na viagem como um sonho, como um sonho bom e desfaço a mala. Lembro-me dos rostos, dos sorrisos, dos comentários, dos novos e dos já conhecidos. Lembro-me e enquanto desfaço a mala hoje, lembro-me.
Lembro-me que soube a pouco. Lembro-me que queria mais. Lembro-me que o sorriso voltou e vai ficar.
Lembro-me e quero mais.
Sempre em frente, e de cabeça erguida perante o passado. =o)
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