30/12/2008

tempo...

Se não tens tempo, não fales comigo palavras soltas!
Se não tens tempo, não me enroles com meias palavras.
Se não tens tempo, não desapareças sem mais nem porquê.
Se não tens tempo, diz-me. Diz-me antes que imagine que o teu mundo desmoronou. Antes que pense que algo te aconteceu. Antes que pense que ela chegou e te levou de mim.
Se não tens tempo, diz-me.
Diz-me.
Por favor, diz-me.
Sê honesto. Sincero.
Não sejas cruel ao ponto de me ignorares. Não sejas desonesto ao ponto de me mentires. Não desapareças para não teres de me dizer que não tens tempo.
Eu compreendo falta de tempo. Não compreendo falta de vontade. Mas diz-me.
Diz-me que se o mundo não me levar, eu estarei aqui.
Diz-me que talvez aceite e espere por ti.
Diz-me e talvez eu também não tenha tempo, mas te queira.
Diz-me. Diz-me sempre.
Diz-me a verdade. Sempre. Logo. Assim que ela existir.
Não gosto de meias verdades. Gosto da verdade.
Diz-me sempre.
Se não tiveres tempo, diz-me.

2 comments:

  1. Gostei muito deste texto: pela poesia, pelo ritmo, pela harmoniosa paixão das palavras...por essa ânsia de algo que pode não ser o desejado mas será o suficiente por ser já alguma coisa - o direito à verdade que talvez adivinhemos mas queremos confirmada, ou desmentida.
    Voltarei mais vezes.

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  2. :) Fico muito contente por teres gostado!
    Volta sempre!

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