30/06/2008

Apareceu agora... no estômago e aperta tanto que a dor chega ao coração.
O timing... a palavra que desde que me lembro me persegue.
Acredito que haja uma altura certa para tudo, um momento em que tudo é possível e depois já não o é, um milésimo de segundo em que tudo muda, muda para já não voltar a esse ponto, muda para sempre e sem volta atrás.
Hoje, agora estou a sentir esse momento a esvair-se, como líquido nas minhas mãos. Estou a sentir a oportunidade de te ter afastar-se para sempre. Estou a ver-te caminhares à minha frente a olhares para mim e a sorrires.
Não acenas adeus, mas sorris, como que esse sorriso dissesse que não faz mal, aconteceu e temos de viver com isso.
Mas com tanto que temos de viver. Agora que estou tão perto de ti, agora que consegui finalmente me aproximar de ti, vou-me afastar, vou desaparecer de perto de ti.
Doi-me. O nó está bem apertado. Agora chegou à minha garganta. Não consigo falar, não consigo criar sons.
Apetece-me fechar os olhos e ir para perto de ti. Saber se gostavas de me dizer alguma coisa. Saber se também sentes este nó, ou se apenas me sorris. Não sei porquê. Sorris.
O nó está cá.
Sei que serei sempre bem vinda, como me disseste. Mas nunca mais será a mesma coisa.
O afastamento vai começar... Já começou, agora há pouco...

2 comments:

  1. Venho aqui muitas vezes porque me identifico com o que aqui encontro, hoje foi mais um desses dias. Também tenho aqui um nó que não vou conseguir desatar...

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  2. o meu está para ficar...
    Obrigada pelas visitas!

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