19/03/2008

toque para o nosso mundo

Já disse o quanto o toque mexe comigo. Não o toque de qualquer pessoa, mas o teu toque. Aquele roçar ocasional de mão no braço. Aquele suave toque com a perna. Aquele momento em que te toco no casaco para te chamar a atenção.
Espero que sejas tu a dizer-me algo, que sejas tu a chamar-me a atenção. Espero que sejas tu a reparar em mim. A ver-me e a olhar para mim como mulher.
Não quero que me olhes mais como a amiga de alguém. Não quero que me olhes mais como a tua amiga. Quero que me olhes como eu sou. Quero que me vejas. A mim e só a mim.
Quero que o mundo pare quando me olhes e quero olhar-te da mesma maneira.
Quero sentir o coração nas mãos, as borboletas na barriga, o rubor na minha cara, os olhos a brilhar e o sorriso constante.
Quero que me provoques isso mais uma vez, e outra e ainda outra!
Quero que quando me toques eu trema, eu faça parar o mundo, que os meus órgãos façam uma revolução e que tudo à volta desapareça. Para sempre.
Quero que o teu toque me transporte para um local só nosso, onde nada mais exista. Onde só estamos eu e tu. Onde aquele toque é eterno. Onde sei que estás tu... e eu. Onde sei que estaremos nós.
Não quero que quando o toque terminar sejamos puxados pela dura realidade e voltemos ao sítio onde estamos, rodeados pelas mesmas pessoas.
Não quero que te afastes de mim. Não te quero longe.
Quero-te perto. Ali mesmo a um toque de distância.
Quero que seja fácil chegar ao nosso mundo. Que seja simples tocar-te para que num instante de segundo estejamos naquele nosso mundo.
20.01.2008

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