08/02/2006

Munich e muito mais...

E lá fui ontem ao cinema outra vez.. desta vez fui ver o Munique e pensei em tantas coisas...
Continuo sem saber quem tem razão.. continuo sem saber quem apoiar, se bem que não apoio, por opção, nenhum dos lados. Não sou defensora da violência, nunca o fui, penso que nunca o serei.
Mas... fiquei com uma sensação estranha. Será que eu sou portuguesa católica, ou que sou católica portuguesa?
Esta história de ter um sítio para morar por se ter uma religião a mim não me convence em nada! Chamem-me o que quiserem, mas vejo muito mal isso! Nós somos o que queremos e no que nos queremos tornar! Ou será que por ser católica tenho de ir procurar um sítio específico do Mundo para ocupar e para viver lá? Ou será que é a nacionalidade e a religião que nos definem?
Não consigo perceber que uma terra que é de onde vem não sei quantas religiões tem de ser disputada com violência, tem de ser ocupada por uma única! Mas as religiões não dizem mesmo que é suposto ser só amor e paz, e que os conflitos se têm de resolver a bem? Não percebo, mas sei que pode haver quem discorde comigo, quem me diga que os católicos fizeram a Inquisição e que mataram por seu belo prazer... Mas será que não aprendemos? Ou o Papa João Paulo II não pediu desculpas?
Não consigo perceber a vingança... se eles nos matam 3 nós temos de lhes matar 6! Essa prática de pagar com violência a violência não percebo. Não me entra na cabeça que achem que chegarão à Paz continuando assim.
Não conheço a hitória toda, talvez por que não queira, prefiro não saber mais pormenores para não me sentir pior.
Não quero defender nem os judeus, nem os católicos, nem os muçulmanos, nem ninguém que defenda a violência.

O filme com os comentários do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros faz-me pensar onde é que vivo... será que tenho de pedir licença para fazer algo? Que eu saiba cresci numa época de LIBERDADE e não licenciosidade, como ele afirma, ainda bem que nunca estive oprimida a ponto de não poder escrever isto ou aquilo. Mas por que será que os cartoons não deveriam ter sido escritos? Qual é o problema? É mentira que matam? É mentira que usam as bombas e os assassínios para justificar mais e mais violência e mortes?
Será que o desenho do Papa com o preservativo que há uns tempo surgiu, não tinha razão de ser? Não tem a religião católica de ser contra o preservativo, por tudo aquilo em que se baseia? Se fosse diferente é que seria estranho, mas o nariz com o preservativo enfiado não era realista? Não era isso mesmo que era falado?

Continuo sem saber qual o problema... Os cartoons retratam, caricaturam a realidade. São reais. Ou será a realidade que custa assim tanto? Não será altura de olharem para si próprios em vez de destruírem o próximo? Ou isso só é defendido pelos católicos: o amor ao próximo?


7 comments:

  1. Kaka16:57

    Desculpa, Tamia, mas não entendi exatamente do que estás falando.
    Quer dizer, em linhas gerais, consegui pegar, e concordo com o que dizes sobre violência paga com violência, mas estás se referindo a uma situação específica, né?
    Qual é ela?

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  2. Israel, Palestina.. Católicos, Judeus, Muçulmanos... enfim uma confusão!

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  3. sou um cavaleiro andante de évora :-)
    http://venusexaminaomeucoracao.blogspot.com/

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  4. Kaka15:23

    Saquei.

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  5. Olá!
    A música Donna Maria - Quase Perfeito que está a tocar é um MIMO!
    Bom fim de semana!!!

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  6. parece-me qu enão é só defendidos pelos católicos, parece-me
    jinhos

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  7. Olá Tamia, gostei do teu blog!
    hei-de voltar para ler com mais calma.
    www.amar-ela.blogspot.com

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