21/11/2005

Poema

Não costumo gostar de poesia, aliás, até há um tempo atrás não lia poesia. De um momento para o outro, poemas, sites com poemas, mensagens com poemas, passaram a fazer parte da minha vida. Comecei a lê-los, a princípio sem vontade, depois por hábito e amizade. Hoje descobri um texto que me deixou a pensar em como é bom amar. Um dos seus comentários foi um poema que serviria de resposta para alguém que ... bom, não quero ir por aí.
Só quero dizer que me fez ir à procura de poemas de Miguel Torga. Gostei daquele e descobri este. Ainda não consigo fazer esta Súplica, ainda não chegou esta altura, mas gostava de a fazer bem depressa.


Súplica


Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

No comments:

Post a Comment