Um esconderijo. A mesma alma. A mesma escrita. Outro local onde a ficção e a realidade se hão-de sempre misturar!
28/12/2006
27/12/2006
Os dias passam como se de um rio se tratasse.
Os dias passam como se de um rio se tratasse.
Ao mesmo tempo que parece que sou uma gota de água, presa no meio de tantas outras, também eu sou aquela que está sentada na pedra, ali ao lado do rio, ali onde ainda há relva verde, flores amarelas, brancas, daquelas que há nos meus campos, que da minha janela a minha vista alcança...
Ali estou sentada, esperando pela minha vida, enquanto eu, como gota, continuo à procura do meu lugar, à procura de uma posição estável naquele corropio de outras gotas.
Enquanto espectadora do meu filme, considero o casting mal escolhido, a história com bastantes falhas e a protagonista demasiado sofredora, demasiado patada, demasiado fraca... Coragem, nem sempre. Oportunidades, escassas e quase sempre desaproveitadas, quase sempre falhadas e as que foram aproveitadas, essas estiveram sempre destinadas ao fracasso. É isso mesmo! A protagonista é uma fracassada.
Não cria, não levanta os braços para trabalhar, não corre atrás daquilo que deseja, nem tão pouco sabe aquilo que deseja. Vê, apenas, imóvel, quieta, sossegada a vida a passar, sem que se mentalize que aquilo é mesmo a vida, sem que se aperceba que enquanto espera por algo que não virá, algo que nunca existirá, permanecerá sempre assim, ali, quieta e imóvel, sossegada... só.
A outra, a eu gota, vê com desconfiança aquela outra ali sentada, faz o melhor que pode para a satisfazer, mas parece que todos os esforços não dão em nada, parece que sempre que trabalha mais um pouco, esse pouco não chega, não lhe é suficiente, nem para esboçar um sorriso. Oh que espectadora tão exigente, sempre carrancuda. E eu que me quero apenas divertir, quero passar um bom bocado, quero rir, quero fazer o que gosto sem reservas, sem temos do futuro, do desconhecido. E eu que dou o melhor que tenho e faço o melhor que posso.
A luta entre as duas consome-me, destroi-me por dentro, corroi o meu ser, faz com que o eu gota abrande o seu ritmo e o eu espectadora se levante e procure aquilo que a vista não alcança.
Todos os dias acordo do sonho onde as vejo, onde sei que estou ali, não pairando ao lado delas, mas sendo elas... todos os dias eu sei que sou a gota esforçada. Todos os dias eu sei que sou a espectadora exigente... que exige de mim, dos outros e de mim novamente.
Todos os dias ponho o sorriso só meu, todos os dias me esforço para pôr o sorriso, para ver que há mais vida para além daquele pedaço de quadro onde estou.
Todos os dias tento ser melhor. Todos os dias penso em como preciso de ajuda...
Ajuda para melhorar, para crescer, para me animar... Preciso de ajuda.
Todos os dias preciso de alguém que sorria para mim.
Todos os dias preciso de uma mão no ombro a mostrar que está ali para mim.
Todos os dias preciso que alguém me diga que está ali. Para mim, só para mim.
Todos os dias preciso que alguém me dê a mão e me ajude a passar o riacho para a descoberta.
Todos os dias preciso... de ajuda, de amparo, de carinho...
Todos os dias preciso... de ti.
Ao mesmo tempo que parece que sou uma gota de água, presa no meio de tantas outras, também eu sou aquela que está sentada na pedra, ali ao lado do rio, ali onde ainda há relva verde, flores amarelas, brancas, daquelas que há nos meus campos, que da minha janela a minha vista alcança...
Ali estou sentada, esperando pela minha vida, enquanto eu, como gota, continuo à procura do meu lugar, à procura de uma posição estável naquele corropio de outras gotas.
Enquanto espectadora do meu filme, considero o casting mal escolhido, a história com bastantes falhas e a protagonista demasiado sofredora, demasiado patada, demasiado fraca... Coragem, nem sempre. Oportunidades, escassas e quase sempre desaproveitadas, quase sempre falhadas e as que foram aproveitadas, essas estiveram sempre destinadas ao fracasso. É isso mesmo! A protagonista é uma fracassada.
Não cria, não levanta os braços para trabalhar, não corre atrás daquilo que deseja, nem tão pouco sabe aquilo que deseja. Vê, apenas, imóvel, quieta, sossegada a vida a passar, sem que se mentalize que aquilo é mesmo a vida, sem que se aperceba que enquanto espera por algo que não virá, algo que nunca existirá, permanecerá sempre assim, ali, quieta e imóvel, sossegada... só.
A outra, a eu gota, vê com desconfiança aquela outra ali sentada, faz o melhor que pode para a satisfazer, mas parece que todos os esforços não dão em nada, parece que sempre que trabalha mais um pouco, esse pouco não chega, não lhe é suficiente, nem para esboçar um sorriso. Oh que espectadora tão exigente, sempre carrancuda. E eu que me quero apenas divertir, quero passar um bom bocado, quero rir, quero fazer o que gosto sem reservas, sem temos do futuro, do desconhecido. E eu que dou o melhor que tenho e faço o melhor que posso.
A luta entre as duas consome-me, destroi-me por dentro, corroi o meu ser, faz com que o eu gota abrande o seu ritmo e o eu espectadora se levante e procure aquilo que a vista não alcança.
Todos os dias acordo do sonho onde as vejo, onde sei que estou ali, não pairando ao lado delas, mas sendo elas... todos os dias eu sei que sou a gota esforçada. Todos os dias eu sei que sou a espectadora exigente... que exige de mim, dos outros e de mim novamente.
Todos os dias ponho o sorriso só meu, todos os dias me esforço para pôr o sorriso, para ver que há mais vida para além daquele pedaço de quadro onde estou.
Todos os dias tento ser melhor. Todos os dias penso em como preciso de ajuda...
Ajuda para melhorar, para crescer, para me animar... Preciso de ajuda.
Todos os dias preciso de alguém que sorria para mim.
Todos os dias preciso de uma mão no ombro a mostrar que está ali para mim.
Todos os dias preciso que alguém me diga que está ali. Para mim, só para mim.
Todos os dias preciso que alguém me dê a mão e me ajude a passar o riacho para a descoberta.
Todos os dias preciso... de ajuda, de amparo, de carinho...
Todos os dias preciso... de ti.
14/12/2006
um momento chegou
um momento para te ver.
para te sentir.
para me lembrar.
um momento chegou,
para ver nos teus olhos
a lembrança de um sorriso.
um momento chegou
para sentir no meu coração
o aperto da tua falta.
esse momento foi breve.
foi tão breve quanto um segundo.
esse momento bastou,
para te sentir e esquecer.
sentir a tua falta.
sentir o que a tua presença trazia.
sentir a lembrança do teu toque.
sentir-te.
os teus beijos,
as tuas mãos,
o teu corpo,
a tua suave respiração.
esse momento entrecortado pela minha saudade,
pela minha vontade de te tocar,
pela vontade de te beijar,
vontade de te olhar nos olhos.
nesse momento te sentir,
te ter perto de mim,
te abraçar...
ter-te... enfim.
nesse breve momento,
tudo isto pensei,
tudo isto senti,
e tudo isto porque...
para te sentir.
para me lembrar.
um momento chegou,
para ver nos teus olhos
a lembrança de um sorriso.
um momento chegou
para sentir no meu coração
o aperto da tua falta.
esse momento foi breve.
foi tão breve quanto um segundo.
esse momento bastou,
para te sentir e esquecer.
sentir a tua falta.
sentir o que a tua presença trazia.
sentir a lembrança do teu toque.
sentir-te.
os teus beijos,
as tuas mãos,
o teu corpo,
a tua suave respiração.
esse momento entrecortado pela minha saudade,
pela minha vontade de te tocar,
pela vontade de te beijar,
vontade de te olhar nos olhos.
nesse momento te sentir,
te ter perto de mim,
te abraçar...
ter-te... enfim.
nesse breve momento,
tudo isto pensei,
tudo isto senti,
e tudo isto porque...
... não te tive perto de mim.
13/12/2006
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