31/12/2005

abraço

Nesta viagem que fiz um pensamento nunca me saiu da cabeça.
O tempo que estive fora não pensei em casa. Não pensei no que cá tinha deixado. Não pensei no que não tinha deixado por cá.
Mas... o que é que eu tenho cá?
Fui acompanhada, sabendo que cada um daqueles que estavam comigo teriam alguém para os receber. Que estavam ansiosamente à sua espera. Que sabiam que íam voltar, que sabiam que não se iriam embora, que ficariam ali. À espera. De sobreaviso pensando em como seria bom se estivessem juntos e como seria bom quando se reencontrassem. e eu?
que tinha eu?
que tenho eu?
quem me espera?
quem fica a pensar em mim quando não estou?
quem me aguarda ansiosamente?
Nestes dias pensei que não tenho ninguém que me espero. Que não tenho alguém que me telefone e me diga que tem saudades minhas.
Não tenho alguém que sinta a minha falta.
Não tenho quem me abrace quando chego.
Não tenho o abraço...

30/12/2005

frase do dia...

Hoje vou fugir só para não me dar vontade de ser tua...
na voz de Susana Félix

Braga



E foi aqui a minha última semana. Este é o símbolo de Braga, mas sinceramente gostei mais do Sameiro.

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22/12/2005

O Natal...

O Natal chegou... instalou-se de mansinho e agora parece que apareceu do nada. O certo é que ele já estava ali... esperando para ser notado.
Agora está por toda a parte. e eu que não o queria ver!
Saio de casa, há pais natais a descerem/cairem de varandas. e eu que não os queria ver.
Há músicas de natal nas ruas. ok, esta é a única parte boa.
Há compras, há pessoas a comprar... lojas cheias de tudo e de gente.
Desde há muito tempo que não passava um natal assim. Sem gosto pelo natal. Sem ter o cheiro do natal por todo o lado. Sem viver o natal.
Este natal é diferente. O feliz natal é diferente de outros feliz natal que já disse.
A minha casa continua igual. como se não fosse natal. em mim não é natal.
Alguém vai nascer outra vez. e outra. e outra. como sempre. mas...
em mim não é natal.

20/12/2005

Lua

Ao olhar para a Lua Cheia no outro dia lembrei-me de ti!
Lembrei-me da tua cara de cansado enquanto passavas as mãos pelos olhos. Esfregáva-los como se não dormisses há duas semanas e ainda faltassem outras duas para poderes enfim descansar. A tua cara parecia que me queria mostrar aquilo que a tua cabeça pensava, parecia que eras dois num só, que estavas ali, cansado, quase morto, mas que continuavas a pensar e a escrever mentalmente o quer que fosse que escrevias.
Estavas ali, comigo, olhando para mim, falando comigo mas... nunca ali estiveste. Eras apenas um espectro do que podias ser.
O cansaço tinha tomado conta de ti. O trabalho não te deixava libertar. Tinha-te tornado no seu prisioneiro e não pensava libertar-te.
A tua pena foi pesada... já terminou... mas e a de outros?
O outros continuam aprisionados à tua pena, porque tu já estás livre, mas ainda não libertaste quem cumpriu pena contigo, quem sofreu contigo, quem ficou lá, esquecido, numa qualquer cela do teu pensamento, da tua prisão.
Dentro dessa mesma cela os outros tiveram de aprender a viver. Tiveram de sair dessa prisão, sair de ti e procurar a vida. A liberdade.
Tiveram de ir para longe de ti.
Em ti, para ti, continuam aprisionados na pequena cela gradeada.
A tua cara. A tua mão a passar pela tua cara. A tua distância. Isso fez-me sair da cela onde tu me manténs escondida.
Agora, aqui estou. Continuo aprisionada por ti, para ti. Mas estou longe da minha cela onde me mantive durante tanto tempo. Descobri a greener grass on the other side of the fence. E é lá que me quero manter!

Channel nº5

Come away with me... sussura-me o Rodrigo...

Ops... eu não sou a Nicole!

triplo suspiro

14/12/2005

Under the mistletoe



E nesta altura de Natal todos nós precisamos de um self-service!


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07/12/2005

Vício...

Hoje li algures que a paixão vicia... Mas será que só agora chegam a essa triste conclusão? Triste... triste não é triste. Talvez eu me sinta triste, agora, no momento, mas... Não é triste. É bom!
Gosto de me sentir entusiasmada! Gosto de sentir as borboletas nos estômago! Gosto de me sentir como uma adolescente que vê o rapaz de quem gosta. Gosto de esperar ansiosamente pelo telefonema, pelo encontro, pela festa na cara, pelo beijo do reencontro, pelo olhar cúmplice, pelo beijo enviado pelos lábios, pelo toque na mão, no braço, onde quer que seja.
Gosto de me sentir viva! Alerta e acordada para aceitar tudo o que vier da outra pessoa. Gosto de pensar em alguém, de partilhar os meus pensamentos mais profundos e os outros que de profundo nada têm.
Gosto de sentir que faço falta, que alguém espera pelo meu abraço, que alguém espera pelo meu sorriso, que alguém espera por mim.
Estar apaixonada é tudo isto e muito mais. É viciante, agora já está provado. Talvez por isso a desilusão seja tão grande, o sofrimento tão imenso. Mas depois... depois vem sempre o sol novamente, e as estrelas, e o dia renasce sempre!
É bom sentir-me viva, é bom saber que consigo voltar a sentir a paixão.
É bom viver!